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Somos vítimas de vítimas
Nos últimos anos, aprendi muitas coisas, mas uma das maiores lições veio de um choque de realidade: vivi situações que me fizeram me tornar o tipo de pessoa que um dia eu julguei. Antes, eu olhava para certas atitudes de outras pessoas e, secretamente, pensava: “Eu jamais faria isso”. Até que um dia, me vi naquela mesma posição. Me tornei aquele personagem que critiquei e foi difícil encarar o peso da minha própria condenação.
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Quem é você quando tem liberdade?
Eu tenho pensado muito sobre como, quando viajo, acabo descobrindo novas versões de mim. Não versões que eu necessariamente aprove ou desaprove, mas versões que, na verdade, só se revelam porque eu sou exposta a novos contextos, novas possibilidades, novas referências. No meu dia a dia sou introspectiva, quando viajo sou super extrovertida e crio amizades facilmente. Isso me fez perceber que muitas coisas que eu acredito que fazem parte de quem eu sou, na verdade, só estão ali porque vivo em um ambiente que condiciona essas partes de mim. É muito fácil e cômodo me definir como X quando estou inserida em um cenário onde só posso ser X. Como saberia que sou extrovertida se não saísse de casa? Pois é.
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Coisas que aprendi tendo atos de serviço como minha forma de demonstrar amor
Hoje, a gente vive numa época onde o autoconhecimento está em alta. Temos acesso a informações que nos ajudam a dar nome a padrões e comportamentos que antes só sentíamos. Um exemplo disso são as linguagens do amor. Eu tenho lido bastante sobre elas e o quanto elas impactam todas as nossas relações — amorosas, familiares, de amizade, trabalho, tudo.
Mas quero falar diretamente com você, que, assim como eu, demonstra amor através de atos de serviço. Esse jeito de amar é uma das formas mais bonitas e genuínas de demonstrar carinho e cuidado. Mas, muitas vezes, ele pode ser confundido com “ser trouxa”, “se doar demais” ou “ser emocionado”. Eu também já me senti assim (e não tem muito tempo!).