Acontecimentos da minha vida em Janeiro

Deixei de atualizar o blog por um tempo porque aconteceram muitas coisas e parar pra escrever não era uma prioridade pra mim kkkkk Além da rotina que já é naturalmente caótica, eu estava focada em realizar uma meta empacada, enquanto paralelamente me esforçava para tirar todas as minhas ideias criativas do papel. Aliás: primeiro, meu foco estava em tirar as ideias da cabeça, porque essa é a parte mais difícil. As vezes eu fico até cansada com o excesso de criatividade. Mas agora eu tenho um sistema de captação de ideias que tem funcionado super bem, então estou mais leve!

Mas, repassando os últimos acontecimentos de janeiro, o que eu tenho pra atualizar é:

Tive a ideia de começar a escrever um diário, mas de forma digital mesmo. Decidi usar o Trello pra isso. Criei um quadro chamado “diário”, onde cada lista corresponde à um mês, e cada card corresponde à um dia do mês. Eu abro o card, ligo aquele microfone do teclado e vou falando tudo que me lembro que aconteceu no dia, coisas que senti também. Como o texto sai todo zoado, eu vou e jogo no CHATGPT pra ele colocar pontuação, escrever certo as palavras que foram trocadas, etc. Aí atualizo lá no Trello com tudo certinho. Tem sido bom… mesmo que eu esteja dando informações valiosas sobre a minha vida para uma IA (que pode se rebelar e usar tudo contra mim no futuro), ela me ajuda a organizar e estruturar memórias que podem ser úteis para mim depois, até mesmo para identificar padrões de comportamento e traçar características da minha personalidade. Se for depender só da minha memória, ainda mais vivendo cheia de estímulos o tempo inteiro, eu mal consigo me lembrar do que comi ontem. Ah, eu também comecei a gravar conteúdos explorando novos ângulos, usando o tripé que minha mãe me deu de presente. Consegui grudar o celular no teto e gravar um vídeo super criativo sobre uma filosofia japonesa e como ela me ajudou a cumprir metas.

Recentemente senti uma necessidade muito grande de me conectar mais com a minha espiritualidade. Talvez por estar passando por um momento um pouco confuso e conturbado. Ouvi por muitos dias a música “É Tudo Sobre Você”, da Banda Morada, que sempre me emociona de forma inexplicável. Gosto de ouvir quando me sinto acuada, com medo ou sozinha. É inevitável não se sentir sozinha quando se vive sozinha, né? Seria até estranho ter um sentimento diferente. Mas, por vezes, preciso me lembrar que a solidão física é só um detalhe, já que o que realmente preenche é intangível. Bom… ter ouvido essa música repetidamente me fez ter uma ideia de ilustrações que resolvi prontamente executar. E que bom que executei! As ilustrações repercutiram bastante, o que significa que a MENSAGEM também repercutiu bastante. E no fim das contas me sinto assim: uma pessoa que recebeu alguns dons de Deus para conseguir expressar de diversas formas a MENSAGEM que ele quer enviar. Pena que o Instagram pelo computador não mostra a música que a gente escolhe para as postagens, a experiência fica muito mais legal quando você passa a tirinha para o lado a medida que os versos da música vão mudando. Além de ter validado “sem querer” esse formato de ilustrar músicas, também tive uma ideia super legal de formato para um quadro no Youtube. Ele vai se chamar “madeleine”, e será um estilo de vídeo aconchegante e informal, como uma conversa num café. O porquê do nome eu explico lá no Youtube depois, estou com preguiça agora.

A semana passada foi mais emocional. Tinha feito a última aula antes do meu exame no DETRAN e eu simplesmente errei TODAS as balizas. Parece até sacanagem… passei a semana toda acertando tudo, e na última aula acontece isso pra gerar tensão e insegurança. O lado bom é que no fim de semana eu fui com a minha família para o clube e consegui recarregar as minhas baterias. Estar com eles é sempre muito bom. Não tenho dúvida nenhuma em afirmar que meus pais são meus melhores amigos. Nossas conversas são sempre MUITO estimulantes, é como se eu ganhasse um buff e começasse a enxergar novas saídas e perspectivas pra coisas que pareciam sem solução. Aproveitei esse passeio pra desenferrujar a minha câmera Canon Powershot. Ganhei de presente da minha mãe (sempre incentivando meus hobbys) há muito tempo e tava guardada, não me lembrava do tanto que era legal fotografar com ela. Inclusive, decidi que vou levar ela para o mochilão!

Falando em mochilão, também aconteceu um episódio sensacional, que representa não só um passo a mais pra viagem sair, mas também o amor incondicional que recebo da minha família. Naturalmente, essa ideia de colocar uma mochila nas costas e sair sem rumo não agradou muito meus pais. Não é algo fácil de entender, digerir e aceitar, e eu entendo totalmente. Inclusive, acho que se fosse um filho meu com essa ideia eu nem conseguiria deixar ele ir. Mas o mais bonito disso tudo é que, mesmo com muito medo e com várias dúvidas na cabeça, o mais importante pra eles é terem certeza de que estou feliz e seguindo o meu propósito. Lá no clube tive a oportunidade de conversar abertamente sobre os meus planos e sobre o que eu de fato quero fazer na viagem. Expliquei que muito mais que paisagens bonitas, quero conhecer pessoas, compartilhar a história delas através de arte (vídeo, escrita, ilustração, fotografia, etc) e ajudar com o que eu puder. Eu tenho esse interesse social muito grande dentro de mim. Acho que meus pais entenderam que não é algo superficial, que realmente é algo que preciso realizar, e me presentearam com DRONE. SÉRIO. UM. DRONE. Eu nem sei explicar o tanto que esse drone vai me dar possibilidades na viagem. Mas o principal, pra mim, foi ter recebido um gesto tão carinhoso mesmo quando o sonho não fazia sentido pra eles. O que importa, pra eles, é que faça sentido pra mim. E mais uma vez estão me incentivando e investindo no meu propósito. (fui testar o drone dentro de casa e cortei o braço, não é tão fácil quanto parece. espero ter tempo pra treinar antes da viagem kkk)

Não posso me esquecer da cereja do bolo: depois de 3 tentativas falhas, eu FINALMENTE PASSEI NA PROVA DO DETRAN! Agora estou oficialmente habilitada. Eu fico atualizando o site do Detran de 30 em 30 minutos pra ver se minha CNH está a caminho. Essa história da CNH é bem longa, mas resumindo: tive a ideia de tirar carteira para poder presentear o meu pai (ele me contou que fez algo parecido com o pai dele, e eu quis repetir a história), além de ser útil para poder viajar de motorhome um dia. Iniciei o processo em janeiro de 2024, junto com uma pessoa que eu namorava, mas nós terminamos quando ainda estávamos na fase da aula teórica. Isso teve um impacto emocional muito grande, pois algo que se iniciou como um sonho em casal, agora eu teria que levar adiante sozinha. Mas, aos trancos e barrancos, eu levei, consegui sustentar o sonho. Passei na prova teórica e iniciei as aulas práticas. Até aí, tava tudo indo bem. PORÉM… aconteceu um “contratempo” MARAVILHOSO: tive a oportunidade de financiar um apartamento e, com a ajuda dos meus, sair dessa vida de aluguel. Achei o apartamento perfeito e as coisas encaminharam super rápido para eu me mudar. O “problema” é que a autoescola que antes ficava na esquina de casa, agora estava há uns 20 minutos de distância. Precisei trabalhar mais para conseguir ir e voltar de uber todos os dias. Consequentemente, com o aumento da carga de trabalho, fui ficando cansada e minha performance nas aulas foi piorando. Resultado: vivi um looping de trabalhar pra fazer aula, ficar cansada demais, ir mal na aula e reprovar no exame. Só que com a reprovação, precisava pagar mais aulas extras (mais trabalho), mais aluguel de carro (mais trabalho), e mais uma marcação de prova (mais trabalho). Percebe como o ciclo destrutivo foi me consumindo? Foram 3 exaustivas tentativas até finalmente dar certo. Se não fosse Deus e minha família me apoiando durante todo esse processo, eu não teria conseguido. E foi aos 45 do segundo tempo: se eu não passasse dessa vez, minha pauta ia vencer e eu ia ter que recomeçar tudo. Não sei se teria estrutura psicológica (e nem dinheiro) pra ter que começar do 0. Ainda bem que o tempo de Deus é perfeito!

Janeiro foi um mês muito abençoado. Está sendo, né, porque ainda não acabou. Foi um mês de encerrar ciclos, iniciar outros, e ter a humildade de dobrar o joelho no chão e entender que sem Deus não sou NADA, sabe o que é NADA? Nada mesmo. Estou feliz por estar mais íntima Dele, por estar encontrando conforto e aconchego Nele, por ter conseguido presentear os meus pais com aquele papelzinho escrito “aprovada” que tanto custou minha sanidade mental kkkkk… estou feliz por estar conseguindo executar minhas ideias, mesmo que não sejam virais, mesmo que não tragam fama. Estou feliz de estar sendo autêntica, de estar vivendo de acordo com o meu propósito, de ter a minha família e a minha espiritualidade bem alinhadas e fortes para começar o ano com aquilo que é essencial.

No mais, continuo trabalhando, fazendo meus freelas, juntando dinheiro para o mochilão e tentando manter o sonho vivo em meio à rotina que as vezes nos faz esquecer do que planejamos.

Acho que te atualizei de tudo, querido leitor. Espero que esteja tudo bem por aí também.

Com carinho,

Gabi.